sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Um Novo Recomeço

 2012 chegou com perspectivas e planos, de arte, trabalho, escrita.
 O ano passou conturbado, desanimando todos os projetos. Correria. Deixou para trás tudo oque foi desejado e chegou ao final com a notícia do fim. O fim do mundo trazia dúvida, contrariedade e fazia rir. Mas o mais interessante foi dito por estudiosos e pesquisadores a respeito do calendário maia, eles ressaltaram a seguinte frase: É o fim de um ciclo, um novo recomeço.
 Dia 21 passou e tudo parecia igual. Corríamos para o fim, o fim do ano. Festas, alegrias, ou não; sinceridade, ou não. Tudo quase exatamente igual. Os fogos reluziam no alto com cores e brilhos...
 Sem planos desta vez, sem um milhão de planos, por favor. Sem marcação de tempo para que cada coisa aconteça. Sem promessas! Aliás, uma promessa: mais paciência, que tal? Somente uma, uminha. Mais controle emocional e tolerância, fácil. Fácil de cumprir... ou não?
 2013 começou contrariando a única promessa, num momento em que precisa-se lidar com sistemas burocráticos, atendentes e professores mal humorados, o bom humor se esvaíra completamente.
 Com o bom humor ou na falta dele, aquilo que não foi prometido começou a se cumprir, projetos que outrora inacabados, se concluindo, o aroma agradável de coisas boas, que estavam por vir. O sonho que começava a acontecer  contava uma notícia em alto e bom som: "- O futuro chegou!", deixando para trás o gosto amargo, de dores, palavras mal ditas, incompreensões, abandonos, julgamentos.
 As coisas boas acontecendo a medida em que as lembranças do passado se faziam  presentes na memória.
 As mágoas antigas deixavam boquiabertos quem se dedicava ao momento de reflexão. O sabor do triunfo, o sabor da vitória, o acelerar do peito ao pressentir mais fatos bons a se manisfestarem. Cada coisa no seu devido lugar. Cada lembrança é o roxo, aquele roxinho que quando aperta traz aquela dorzinha. Só que sem a dorzinha, troca a dor pelo alívio. Sinta o vento frio, sinta, sinta o vento de uma manhã bonita e ensolarada. Encha o peito, feche o olho, respire, respire fundo. Sim, este é o alívio. Abra os olhos e sorria.
 Não se iludir é preciso, é bom saber que em algum momento pode ser que as coisas simplesmente mudem. É bom ter em mente que cada sonho realizado exige mais trabalho e esforço, é claro que sim.  Na vida tudo tem um preço para se conquistar, e o preço por se ter conquistado. E balanceando, o otimismo deve ser constante, pois afinal, o momento é agora. Sorria e desfrute o quanto quiser e puder. Seus sonhos estão se realizando, as coisas estão acontecendo. Diferentemente dos outros é claro, ás vezes mais fácil, ás vezes mais difícil, mais rápido ou lentamente, você já não é o mesmo. E na faculdade as aulas de filosofia explicam bem: as coisas mudam, transformam, se transformam e transforma o outro... Mudanças.
 E a professora ressalta, relembra: "Foi dito, dia 21 foi o Fim, o fim de um ciclo, Um Novo Recomeço. E a Rosa, a bela voz da professora Rosa retoma com um sorriso no rosto: Um Recomeço!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

I do

 Eu aceito de bom grado os toques, os retoques que a vida me dá.
 Aceito de bom grado o colorir e o despentear da existência,
 a esperança, o cheiro bom que o sonho é capaz de trazer, e modificar em nós.

 Aceito a alegria contida
 e todos os marcos e marcas de minha história.
 Aceito sorrindo dos defeitos meus, amores,
 sorrisos, sabores e dissabores meus.

 Aceito a experiência dos anos
 e as rugas também.
 O saber, o não conhecer,
 o desconhecer e as incredulidades...

 Eu aceito e compreendo o passo de cada vez,
 a fé sobre o melhor que virá.

 Aceito, acredito e espero, que o melhor sempre virá
 e o pior também, e o melhor ainda depois.
 Aceito com toda essa minha inquietude, o acelerar do peito,
 e a insegurança da alma.

 Aceito porque a vida é um ciclo: O que passou, o que virá
 E o que tornará a acontecer, a se repetir.

 Eu aceito de bom grado o meu eu.
 Eu me aceito sim! E assim.